This post has been written as a letter from me to you! I am writing as I process things in my mind. No spelling checks, no grammar, or proper sentence structuring was applied. I actually have not proofread my posts. It is just a personal message. Ha muitos posts em PORTUGUÊS mas também uma opção para traduzir. (posts in Portuguese can be translated) - I am not making any money with this Blog. I do not require anyone to follow.
About Me - Milton Laene Araujo
- Milton Laene Araujo
- Lake Worth, Florida, United States
- My name is Milton and I am a reader. I love to feed my mind with what if’s?, through stories.
9/11/13
Political Violence By milton Laene Araujo
September 11, 2013
Political violence: The primary means of asserting interests
of the people when dealing with terrorism.
Terrorism is a means of instilling in every individual the
sensation that the next terror attack may have his name on it. Through the acts
of murder, sabotage, and blackmail, larger goals such as ideological,
religious, social or economic are achieved. It is conceivable that terrorists
could obtain their aims without carrying out a single attack, by the continuous
broadcast of threats and declarations, as method of psychological warfare.
Terrorism is
gradually becoming more complex.
In
1997, the United States Senate overwhelmingly approved an international
agreement prohibiting the use of chemical weapons, now joined by 189
governments that represent 98 percent of humanity.
"What kind
of world will we live in if the United States of America sees a dictator
brazenly violate international law with poison gas and we choose to look the
other way?" Obama said in remarks delivered from the East Room. "Our
ideals and principles, as well as our national security, are at stake in Syria,
along with our leadership of a world where we seek to ensure that the worst
weapons will never be used."
The same way terrorists see themselves as a victim of
violence, the government and policy-makers also see themselves as chosen, by
whatever mechanism, to represent and protect the interests of the people they represent.
We cannot legitimize or justify terrorist violence. The use of chemical weapons
is irrational and illogical.
Both, terrorists and governments contribute to distortions
of facts. By claiming the moral high ground and demonizing the opposition they
leave little room for a debate about causes of violence.
The most important founder of terrorism is the American drug
consumer. The same clandestine channels used for smuggling narcotics into the
US could also be used to transport nuclear or biological weapons. Drug trafficking
is directly linked to global terrorism, particularly involving Middle Eastern
and Asia extremist groups. Proceeds from
Opium, the base for heroin, produced in Afghanistan are prime source of funding
for terrorism and called on US-led coalition forces fighting the Taliban and Al
Qaeda forces to help combat the growing narcotics problem that is impeding
government efforts to restore stability in the country.
The United States Administration is leading towards a
comprehensive campaign to pressure the Middle Eastern states such as Syria, Lebanon,
and Iran to do more to stamp out the drug smuggling.
Iran has been fighting to eradicate the narcotics flow from
neighboring Afghanistan for decades. But since Washington under the Bush
Administration accused Iran of aiding Al Qaeda, interfering in Iraq and
operating a clandestine nuclear arms program, there will not be any Iran’s
cooperation.
Meanwhile, the Administration is getting more and more
convicted that cutting drug profits will impede terrorism globally. It is fair
to say that dealing with narcotics is profitable. How about legalizing it?
9/08/13
Algo bom pra ler!
Algo puro -
Ao criar o homem à sua imagem, o próprio Deus inscreveu no coração
humano o desejo
de O ver. Mesmo que, muitas vezes, tal desejo seja ignorado, Deus não
cessa de atrair o
homem a Si, para que viva e encontre n’Ele aquela plenitude de verdade e
de felicidade,
que ele procura sem descanso. Por natureza e por vocação, o homem é um
ser religioso,
capaz de entrar em comunhão com Deus. É este vínculo íntimo e vital com
Deus que
confere ao homem
a sua dignidade fundamental.
Ao conhecer Deus só com a luz da razão, o homem experimenta muitas
dificuldades. Além disso, não pode entrar só pelas suas próprias forças na intimidade
do mistério divino. Por isso é que Deus o quis iluminar com a sua Revelação não
apenas sobre verdades que excedem o seu entendimento, mas também sobre verdades
religiosas e morais que, apesar de serem por si acessíveis à razão, podem deste
modo ser conhecidas por todos, sem
dificuldade, com firme certeza e sem mistura de erro.
Deus escolhe Abrão chamando-o a deixar a sua terra para fazer dele “o
pai duma multidão de povos” (Gn 17,5), e promete abençoar nele “todas as
nações da terra” (Gn12,3). Os descendentes de Abraão serão o povo eleito,
os depositários das promessas divinas feitas aos patriarcas. Deus forma Israel
como seu povo salvando-o da escravidão do Egipto; conclui com ele a Aliança do
Sinai, e dá-lhe a sua Lei, por meio de Moisés.
Os profetas anunciam uma redenção radical do povo e uma salvação que
incluirá todas
as nações numa Aliança nova e eterna, que será gravada nos corações. Do povo de Israel, da
descendência do rei David, nascerá o Messias: Jesus.
A Revelacao de Deus É realizada no seu Verbo encarnado, Jesus Cristo,
mediador e plenitude da
Revelação. Sendo
o Filho Unigénito de Deus feito homem, Ele é a Palavra perfeita e definitiva do
Pai. Com o envio do Filho e o dom do Espírito, a Revelação está,finalmente,
completada, ainda que a fé da Igreja deva recolher todo o seu significado ao longo
dos séculos.
Deus «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da
verdade»
(1 Tm 2,4), isto é, de Jesus Cristo. Por isso, é necessário que
Cristo seja anunciado a
todos os homens, segundo o seu mandamento: «Ide e ensinai todos os
povos» (Mt 28,
19). É o que se realiza com a Tradição Apostólica. A Tradição Apostólica
é a transmissão da mensagem de Cristo, realizada desde as origens do
cristianismo, mediante a pregação, o testemunho, as instituições, o culto, os escritos
inspirados. Os Apóstolos transmitiram aos seus sucessores, os Bispos, e,
através deles, a todas as gerações até ao fim dos tempos, tudo o que receberam
de Cristo e
aprenderam do Espírito Santo.
Os cristãos veneram o Antigo Testamento como verdadeira Palavra de Deus:
todos os
seus escritos são divinamente inspirados e conservam um valor
permanente. Eles dão
testemunho da divina pedagogia do amor salvífico de Deus. Foram escritos
sobretudo
para preparar o advento de Cristo Salvador do universo.
O Novo Testamento, cujo objecto central é Jesus Cristo, entrega-nos a
verdade definitiva da Revelação divina. Nele, os quatro Evangelhos de Mateus,
Marcos, Lucas e João, enquanto são o principal testemunho da vida e da doutrina
de Jesus, constituem o coração de todas as Escrituras e ocupam um lugar único
na Igreja. O Antigo Testamento prepara o Novo e o Novo dá cumprimento ao
Antigo: os dois iluminam-se mutuamente.
Embora a fé supere a razão, não poderá nunca existir contradição entre a
fé e a ciência
porque ambas têm origem em Deus. É o mesmo Deus que dá ao homem seja a
luz da
razão seja a luz da fé.
Igreja, embora formada por pessoas de diferentes línguas, culturas e
ritos, professa,
unânime e a uma só voz, a única fé, recebida dum só Senhor e transmitida
pela única
Tradição Apostólica. Professa um só Deus – Pai, Filho e Espírito Santo –
e manifesta
uma única via de salvação. Portanto, nós acreditamos, num só coração e
numa só alma,
tudo o que está contido na Palavra de Deus, transmitida ou escrita, e
nos é proposto pela
Igreja como divinamente revelado.
A afirmação «Creio em Deus» é a mais importante, a fonte das outras
verdades
respeitantes ao homem, ao mundo e à nossa vida de crentes n’Ele.
O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima
Trindade. Os
cristãos
são baptizados no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Jesus Cristo revela-nos que Deus é «Pai», não só enquanto é Criador do
universo e do
homem, mas sobretudo porque, no seu seio, gera eternamente o Filho, que
é o seu
Verbo, «resplendor da sua glória, e imagem da sua substância» (Heb1,
3). E a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus, uno e igual ao Pai
e ao Filho.Ele «procede do Pai» (Jo 15, 26), o qual, princípio sem princípio,
é a origem de toda a vida trinitária. E procede também do Filho (Filioque),
pelo dom eterno que o Pai faz de Si ao Filho. Enviado pelo Pai e pelo Filho
encarnado, o Espírito Santo conduz a Igreja
«ao conhecimento da Verdade total» (Jo 16, 13).
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são o princípio único e indivisível do
mundo, ainda
que a obra da criação do mundo seja particularmente atribuída ao Pai.
A fé dá-nos a certeza de que Deus não permitiria o mal se do próprio mal
não extraísse
o bem. Deus realizou admiravelmente isso mesmo na morte e ressurreição
de Cristo:
com efeito, do maior mal moral, a morte do Seu Filho, Ele retirou os
bens maiores, a
glorificação de Cristo e a nossa redenção.
A Sagrada Escritura diz: «No princípio Deus criou o céu e a terra» (Gn
1,1). A Igreja,
na sua profissão de fé, proclama que Deus é o criador de todas as coisas
visíveis e
invisíveis: de todos os seres espirituais e materiais, isto é, dos anjos
e do mundo visível,
e em particular do homem.
Afirmar que o homem é criado à imagem de Deus significa que ele é capaz
de conhecer
e amar, na liberdade, o próprio Criador. É a única criatura, nesta
terra, que Deus quis
por si mesma e que chamou a partilhar a sua vida divina, no conhecimento
e no amor.
Enquanto criado à imagem de Deus, o homem tem a dignidade de pessoa: não
é uma
coisa mas alguém, capaz de se conhecer a si mesmo, de se dar livremente
e de entrar em
comunhão com Deus e com as outras pessoas.
Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para conhecer,
servir e amar a
Deus, para Lhe oferecer neste mundo toda a criação em acção de graças e
para ser
elevado à vida com Deus no céu. Só no mistério do Verbo encarnado se
esclarece
verdadeiramente o mistério do homem, predestinado a reproduzir a imagem
do Filho de
Deus feito homem, que é a perfeita «imagem de Deus invisível» (Col 1,
15).
That’s all for now.... E assim acaba por enquanto...
9/03/13
The APPETITOMETER SONY
The Appetitometer – My invention
for Sony Electronics for 2017…
September 3, 2017
It is for sale in a store near you!
Sony Corp is launching
an update of its Android-compatible Smart Watch, by developing a Appetitometer …with
a technology never imagined possible.
Besides all the computerized applications, the appetitometer
went beyond, creating a communication
between the user and the device by tapping one sensor around the body, it can harvest
data from the body, and display on the user’s profile. It immediately displays
a basic metabolic panel
measures sodium, potassium, chloride, bicarbonate, blood urea nitrogen (BUN), magnesium,
creatinine, glucose, and sometimes includes calcium. It has a switch that by focusing
on cholesterol levels can determine LDL and HDL cholesterol levels, as well as triglyceride
levels. It also takes in consideration anything that was digested and it’s Chemstry-Fication
in the body. It also monitors carbon
dioxide and oxygen levels related to pulmonary function, but it is also used to
measure blood pH and bicarbonate levels for certain metabolic conditions. Whit
a built in regular glucose test screen, the glucose tolerance test is done repeatedly
to determine the rate at which glucose is processed by the body.
Sony went even
beyond, and obtained the rights from a group of scientists who developed lab-on-a-chip
that can diagnose diseases within 10 minutes without the use of external tubing
and extra components. It used a Self-powered Integrated Microfluidic Blood
Analysis System, and performed Liver Function Tests, Lead Test, Blood Culture, pre-natal,
newborn screen test…you name it…The Appetitometer would give the results.
The most
important function, however, was the indicator of appetite. It detailed what
the blood needed as nutrients every 3 hours. It was done like a saliva test,
where you would spit on a plastic-like material, place it on your smart watch to
get better results. It would read any immediate intake.
Very soon it
became the house doctor everyone needed. It could be re-set and used by various
members of the family, as it would also indicate who was using what, and give
important information of any changes on diet or lack of nutrients. It was
eventually connected into a Global Medical system, where every data was transferred
and filed.
Medicine jumped a
high step with the Appetitometer, and Sony once again proved to be the most
advanced in technology. Very soon Sony was involved with the pharmaceutical
Industry deciding what was necessary for each lot of members.
Restaurant
business also changed because it would measure its plates for proteins, sugar…and
all nutrients, giving an exact count of calories each time it was served. No
one was respecting the Appetitometer at all times, but it helped to prevent
serious lack of nutrients of vitamins in the body, and people started to live
up to 120 years.
Milton Laene Araujo
PS. The Appetitometer was described in 1992 as a school project by the author. Clothing Labels and Clothing Tags itch
Clothing Labels and Clothing Tags
Clothing labels are annoying in underwear and T-Shirts. They
should be placed anywhere, but NOT in contact with our skin. I simply dislike them
and I have no idea how to better express how bothersome they truly are.
Both, Labels and Tags have their importance as far as their
existence, but it shouldn’t be located at the same place by all manufacturers.
They are used to orient customers towards the actual materials used, the
tailoring and production. They also are oriented to how things look and what people
wear at certain times. All that being
said, Tags and Labels when placed by the neck, in the case of t-shirts, it makes
the clothing feel uncomfortable, if not very bothersome. It seems that all
manufacturers place them at the same spot.
I recommend a STAMP!!! On T-shirts… I am aware that most
manufacturers of white T-Shirt are using stamps; therefore this message is not
for them. However, I have not seen any changes on underwear. Some Manufacturers
place a large Tag with a thick and cheap material, and it causes allergy. Besides
my personal complaint about tags and labels, I know that women have their
concern as well.
A Viable solution is to get rid of all labels and create a
batch number stamped in the material in a very inconspicuous place. Like a CIN (Clothing
Identification Number). This way everyone would do a search “on how to handle
it”. Some manufacturer can go the extra step to give an adhesive (not attached)
to the material, or on the plastic bag where it is wrapped.
I come from a generation where store made clothing were
rare. Most of my garments were hand-made.
After the ‘explosion of manufactured clothing’, which is a
good thing, I only have a problem with tags that cause allergy, or they are itchy due to
the material and the amount of thread used to seam it into place.
Is it bad to ask?
Milton Laene Araujo
9/02/13
O jornal O Globo Brasil
Texto completo de Fernando Brito
A Globo, afinal, cospe no golpe em que comeu e engordou
A Globo, afinal, cospe no golpe em que comeu e engordou
31 de agosto de 2013 | 20:41
O Globo divulgou neste sábado à tarde um comunicado, em que reconhece que seu apoio ao Golpe de 64 foi um erro.
Foi um crime, e deste crime as Organizações Globo beneficiaram-se lautamente, ao ponto de fazer com que a fortuna dos três herdeiros do capo Roberto Marinho constitua-se na maior do Brasil e uma das maiores do mundo.
Nenhum militar dos que tenham feito e servido à ditadura tem sequer um milésimo do que o regime deu aos Marinho.
Portanto, começemos assim, chamando as coisas pelo que elas são. Não erro, não “equívoco”.
Crime. Contra a democracia, contra o voto popular, contra a vida de milhares de cidadãos mortos pela ditadura que a Globo ajudou a fazer e a sustentar, e ganhando muito, muito, muitíssimo dinheiro com isso.
Esse dinheiro, certamente, a Globo não considera um “erro”, pois não?
Pois seu império nasceu ali, junto com a ditadura, com um negócio ilegal que o regime ditatorial tolerou e acobertou: a associação com o grupo Time e as fartas verbas que os EUA destinavam a evitar o “perigo comunista”, colocando a nascente e poderosa mídia, a televisão, nas mãos amigas de “gente confiável”.
A Globo usou esse poder. Em condições ilegais perante o Código Brasileiro de Telecomunicações que proibia a concentração de emissoras em todo o país nas mãos de um só grupo empresarial, comprou televisões em todo o Brasil, dissimulando-as na condição de “afiliadas”, quando são verdadeiras sucursais do grupo, presas inteiramente a seu comando e estratégia de negócios.
Para isso, lambeu as botas da ditadura e serviu-lhe de instrumento despudorado de propaganda.
O que seu editorial de hoje diz, ao procurar desvincular-se do horror da tortura e da morte, ao falar de como Roberto Marinho protegia “seus comunistas” é de uma indignidade sem par. Ou vamos entender que aquele que não era seu empregado poderia bem morrer sob seu silêncio, ou vamos entender que aqueles profissionais, que trabalhavam e contribuíam para o sucesso da empresa, merecem ser exibidos como “gatinhos de estimação”, gordos e protegidos, e “livres da carrocinha” que laçava outros pelas ruas deste país.
A Globo nunca teve vergonha de, nas palavras de seu Füher, “usar o poder” de que dispunha em benefìcio dos políticos e governantes de sua predileção, durante e depois do período militar.
Patrocinou a Proconsult contra Brizola. Manipulou o debate de 89 em favor de Collor e contra Lula. Apoiou desavergonhadamente a eleição de Fernando Henrique Cardoso, encobrindo-lhe a escapada conjugal desastrada, somando-se à manipulação eleitoral da nova moeda, promovendo a dilapidação das empresas pertencentes ao povo brasileiro, apoiando e dando legitimidade à vergonhosa corrupção que envolveu a aprovação da proposta de reeleição em causa própria.
Quem quiser provas disso, leia O Príncipe da Privataria, que chegou este final de semana às livrarias.
A autocrítica, que nos homens de bem é uma virtude e um momento a ser louvado, na Globo é apenas o que ela é: interesse em dinheiro transformado em sabujice.
Percebeu que o projeto Lula-Dilma não pode ser derrotado, malgrado todas as suas tentativas, e lança estes “mea culpa” fajutos para se habilitar – ainda mais, ainda mais! – aos dinheiros públicos do Governo, vício incorrigível de seu ventre dilatado e enxundioso.
Tudo na Globo é falso, como tive a honra de escrever há quase 20 anos para Leonel Brizola em seu famoso “direito de resposta” à Globo.
Nem o coro que diz que “voltou às ruas” – ele nunca saiu! – não é esse: é “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.
Porque o povo, que não é bobo, pode perdoar aqueles que erraram e mudaram sinceramente de atitude ao perceber seu erro.
A Globo, não.
Comeu cada côdea do rico pão que o regime lhe deu e só mudou de lado quando as ruas, inundadas pelas “Diretas-Já” tornaram o regime uma sombra em ruínas.
Seus jovens executivos, que planejaram este ato de contrição fajuto, com todos as suas melosidades e senões, são apenas pequenos maquiadores deste monstro que acanalhou a vida brasileira e que vai ter um fim mais rápido e ruidoso do que muitos imaginam.
Porque o povo não é bobo, sabe que a Globo é um cancro que precisa ser extirpado da vida brasileira.
E é por isso que grita o que a Globo não pode confessar:
Abaixo a Rede Globo!
PS. reproduzo, enojado, o texto editorial de O Globo.
Por: Fernando Brito
“Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”. De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma verdade dura.
Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.”
Não foi um erro, não.Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.”
Foi um crime, e deste crime as Organizações Globo beneficiaram-se lautamente, ao ponto de fazer com que a fortuna dos três herdeiros do capo Roberto Marinho constitua-se na maior do Brasil e uma das maiores do mundo.
Nenhum militar dos que tenham feito e servido à ditadura tem sequer um milésimo do que o regime deu aos Marinho.
Portanto, começemos assim, chamando as coisas pelo que elas são. Não erro, não “equívoco”.
Crime. Contra a democracia, contra o voto popular, contra a vida de milhares de cidadãos mortos pela ditadura que a Globo ajudou a fazer e a sustentar, e ganhando muito, muito, muitíssimo dinheiro com isso.
Esse dinheiro, certamente, a Globo não considera um “erro”, pois não?
Pois seu império nasceu ali, junto com a ditadura, com um negócio ilegal que o regime ditatorial tolerou e acobertou: a associação com o grupo Time e as fartas verbas que os EUA destinavam a evitar o “perigo comunista”, colocando a nascente e poderosa mídia, a televisão, nas mãos amigas de “gente confiável”.
A Globo usou esse poder. Em condições ilegais perante o Código Brasileiro de Telecomunicações que proibia a concentração de emissoras em todo o país nas mãos de um só grupo empresarial, comprou televisões em todo o Brasil, dissimulando-as na condição de “afiliadas”, quando são verdadeiras sucursais do grupo, presas inteiramente a seu comando e estratégia de negócios.
Para isso, lambeu as botas da ditadura e serviu-lhe de instrumento despudorado de propaganda.
O que seu editorial de hoje diz, ao procurar desvincular-se do horror da tortura e da morte, ao falar de como Roberto Marinho protegia “seus comunistas” é de uma indignidade sem par. Ou vamos entender que aquele que não era seu empregado poderia bem morrer sob seu silêncio, ou vamos entender que aqueles profissionais, que trabalhavam e contribuíam para o sucesso da empresa, merecem ser exibidos como “gatinhos de estimação”, gordos e protegidos, e “livres da carrocinha” que laçava outros pelas ruas deste país.
A Globo nunca teve vergonha de, nas palavras de seu Füher, “usar o poder” de que dispunha em benefìcio dos políticos e governantes de sua predileção, durante e depois do período militar.
Patrocinou a Proconsult contra Brizola. Manipulou o debate de 89 em favor de Collor e contra Lula. Apoiou desavergonhadamente a eleição de Fernando Henrique Cardoso, encobrindo-lhe a escapada conjugal desastrada, somando-se à manipulação eleitoral da nova moeda, promovendo a dilapidação das empresas pertencentes ao povo brasileiro, apoiando e dando legitimidade à vergonhosa corrupção que envolveu a aprovação da proposta de reeleição em causa própria.
Quem quiser provas disso, leia O Príncipe da Privataria, que chegou este final de semana às livrarias.
A autocrítica, que nos homens de bem é uma virtude e um momento a ser louvado, na Globo é apenas o que ela é: interesse em dinheiro transformado em sabujice.
Percebeu que o projeto Lula-Dilma não pode ser derrotado, malgrado todas as suas tentativas, e lança estes “mea culpa” fajutos para se habilitar – ainda mais, ainda mais! – aos dinheiros públicos do Governo, vício incorrigível de seu ventre dilatado e enxundioso.
Tudo na Globo é falso, como tive a honra de escrever há quase 20 anos para Leonel Brizola em seu famoso “direito de resposta” à Globo.
Nem o coro que diz que “voltou às ruas” – ele nunca saiu! – não é esse: é “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.
Porque o povo, que não é bobo, pode perdoar aqueles que erraram e mudaram sinceramente de atitude ao perceber seu erro.
A Globo, não.
Comeu cada côdea do rico pão que o regime lhe deu e só mudou de lado quando as ruas, inundadas pelas “Diretas-Já” tornaram o regime uma sombra em ruínas.
Seus jovens executivos, que planejaram este ato de contrição fajuto, com todos as suas melosidades e senões, são apenas pequenos maquiadores deste monstro que acanalhou a vida brasileira e que vai ter um fim mais rápido e ruidoso do que muitos imaginam.
Porque o povo não é bobo, sabe que a Globo é um cancro que precisa ser extirpado da vida brasileira.
E é por isso que grita o que a Globo não pode confessar:
Abaixo a Rede Globo!
PS. reproduzo, enojado, o texto editorial de O Globo.
Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro
- A consciência não é de hoje, vem de discussões internas de anos, em que as Organizações Globo concluíram que, à luz da História, o apoio se constituiu um equívoco
RIO – Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”. De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma verdade dura.
Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.
Governos e instituições têm, de alguma forma, que responder ao clamor das ruas.
De nossa parte, é o que fazemos agora, reafirmando nosso incondicional e perene apego aos valores democráticos, ao reproduzir nesta página a íntegra do texto sobre o tema que está no Memória, a partir de hoje no ar:
1964
“Diante de qualquer reportagem ou editorial que lhes desagrade, é frequente que aqueles que se sintam contrariados lembrem que O GLOBO apoiou editorialmente o golpe militar de 1964.
A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há como refutá-la. É História. O GLOBO, de fato, à época, concordou com a intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Jornal do Brasil” e o “Correio da Manhã”, para citar apenas alguns. Fez o mesmo parcela importante da população, um apoio expresso em manifestações e passeatas organizadas em Rio, São Paulo e outras capitais.
Naqueles instantes, justificavam a intervenção dos militares pelo temor de um outro golpe, a ser desfechado pelo presidente João Goulart, com amplo apoio de sindicatos — Jango era criticado por tentar instalar uma “república sindical” — e de alguns segmentos das Forças Armadas.
Na noite de 31 de março de 1964, por sinal, O GLOBO foi invadido por fuzileiros navais comandados pelo Almirante Cândido Aragão, do “dispositivo militar” de Jango, como se dizia na época. O jornal não pôde circular em 1º de abril. Sairia no dia seguinte, 2, quinta-feira, com o editorial impedido de ser impresso pelo almirante, “A decisão da Pátria”. Na primeira página, um novo editorial: “Ressurge a Democracia”.
A divisão ideológica do mundo na Guerra Fria, entre Leste e Oeste, comunistas e capitalistas, se reproduzia, em maior ou menor medida, em cada país. No Brasil, ela era aguçada e aprofundada pela radicalização de João Goulart, iniciada tão logo conseguiu, em janeiro de 1963, por meio de plebiscito, revogar o parlamentarismo, a saída negociada para que ele, vice, pudesse assumir na renúncia do presidente Jânio Quadros. Obteve, então, os poderes plenos do presidencialismo. Transferir parcela substancial do poder do Executivo ao Congresso havia sido condição exigida pelos militares para a posse de Jango, um dos herdeiros do trabalhismo varguista. Naquele tempo, votava-se no vice-presidente separadamente. Daí o resultado de uma combinação ideológica contraditória e fonte permanente de tensões: o presidente da UDN e o vice do PTB. A renúncia de Jânio acendeu o rastilho da crise institucional.
A situação política da época se radicalizou, principalmente quando Jango e os militares mais próximos a ele ameaçavam atropelar Congresso e Justiça para fazer reformas de “base” “na lei ou na marra”. Os quartéis ficaram intoxicados com a luta política, à esquerda e à direita. Veio, então, o movimento dos sargentos, liderado por marinheiros — Cabo Ancelmo à frente —, a hierarquia militar começou a ser quebrada e o oficialato reagiu.
Naquele contexto, o golpe, chamado de “Revolução”, termo adotado pelo GLOBO durante muito tempo, era visto pelo jornal como a única alternativa para manter no Brasil uma democracia. Os militares prometiam uma intervenção passageira, cirúrgica. Na justificativa das Forças Armadas para a sua intervenção, ultrapassado o perigo de um golpe à esquerda, o poder voltaria aos civis. Tanto que, como prometido, foram mantidas, num primeiro momento, as eleições presidenciais de 1966.
O desenrolar da “revolução” é conhecido. Não houve as eleições. Os militares ficaram no poder 21 anos, até saírem em 1985, com a posse de José Sarney, vice do presidente Tancredo Neves, eleito ainda pelo voto indireto, falecido antes de receber a faixa.
No ano em que o movimento dos militares completou duas décadas, em 1984, Roberto Marinho publicou editorial assinado na primeira página. Trata-se de um documento revelador. Nele, ressaltava a atitude de Geisel, em 13 de outubro de 1978, que extinguiu todos os atos institucionais, o principal deles o AI5, restabeleceu o habeas corpus e a independência da magistratura e revogou o Decreto-Lei 477, base das intervenções do regime no meio universitário.
Destacava também os avanços econômicos obtidos naqueles vinte anos, mas, ao justificar sua adesão aos militares em 1964, deixava clara a sua crença de que a intervenção fora imprescindível para a manutenção da democracia e, depois, para conter a irrupção da guerrilha urbana. E, ainda, revelava que a relação de apoio editorial ao regime, embora duradoura, não fora todo o tempo tranquila. Nas palavras dele: “Temos permanecido fiéis aos seus objetivos [da revolução], embora conflitando em várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir a autoria do processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o marechal Costa e Silva, ‘por exigência inelutável do povo brasileiro’. Sem povo, não haveria revolução, mas apenas um ‘pronunciamento’ ou ‘golpe’, com o qual não estaríamos solidários.”
Não eram palavras vazias. Em todas as encruzilhadas institucionais por que passou o país no período em que esteve à frente do jornal, Roberto Marinho sempre esteve ao lado da legalidade. Cobrou de Getúlio uma constituinte que institucionalizasse a Revolução de 30, foi contra o Estado Novo, apoiou com vigor a Constituição de 1946 e defendeu a posse de Juscelino Kubistchek em 1955, quando esta fora questionada por setores civis e militares.
Durante a ditadura de 1964, sempre se posicionou com firmeza contra a perseguição a jornalistas de esquerda: como é notório, fez questão de abrigar muitos deles na redação do GLOBO. São muitos e conhecidos os depoimentos que dão conta de que ele fazia questão de acompanhar funcionários de O GLOBO chamados a depor: acompanhava-os pessoalmente para evitar que desaparecessem. Instado algumas vezes a dar a lista dos “comunistas” que trabalhavam no jornal, sempre se negou, de maneira desafiadora.
Ficou famosa a sua frase ao general Juracy Magalhães, ministro da Justiça do presidente Castello Branco: “Cuide de seus comunistas, que eu cuido dos meus”. Nos vinte anos durante os quais a ditadura perdurou, O GLOBO, nos períodos agudos de crise, mesmo sem retirar o apoio aos militares, sempre cobrou deles o restabelecimento, no menor prazo possível, da normalidade democrática.
Contextos históricos são necessários na análise do posicionamento de pessoas e instituições, mais ainda em rupturas institucionais. A História não é apenas uma descrição de fatos, que se sucedem uns aos outros. Ela é o mais poderoso instrumento de que o homem dispõe para seguir com segurança rumo ao futuro: aprende-se com os erros cometidos e se enriquece ao reconhecê-los.
Os homens e as instituições que viveram 1964 são, há muito, História, e devem ser entendidos nessa perspectiva. O GLOBO não tem dúvidas de que o apoio a 1964 pareceu aos que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem do país.
À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”
Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.
Há alguns meses, quando o Memória estava sendo estruturado, decidiu-se que ele seria uma excelente oportunidade para tornar pública essa avaliação interna. E um texto com o reconhecimento desse erro foi escrito para ser publicado quando o site ficasse pronto.
Não lamentamos que essa publicação não tenha vindo antes da onda de manifestações, como teria sido possível. Porque as ruas nos deram ainda mais certeza de que a avaliação que se fazia internamente era correta e que o reconhecimento do erro, necessário.Governos e instituições têm, de alguma forma, que responder ao clamor das ruas.
De nossa parte, é o que fazemos agora, reafirmando nosso incondicional e perene apego aos valores democráticos, ao reproduzir nesta página a íntegra do texto sobre o tema que está no Memória, a partir de hoje no ar:
1964
“Diante de qualquer reportagem ou editorial que lhes desagrade, é frequente que aqueles que se sintam contrariados lembrem que O GLOBO apoiou editorialmente o golpe militar de 1964.
A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há como refutá-la. É História. O GLOBO, de fato, à época, concordou com a intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Jornal do Brasil” e o “Correio da Manhã”, para citar apenas alguns. Fez o mesmo parcela importante da população, um apoio expresso em manifestações e passeatas organizadas em Rio, São Paulo e outras capitais.
Naqueles instantes, justificavam a intervenção dos militares pelo temor de um outro golpe, a ser desfechado pelo presidente João Goulart, com amplo apoio de sindicatos — Jango era criticado por tentar instalar uma “república sindical” — e de alguns segmentos das Forças Armadas.
Na noite de 31 de março de 1964, por sinal, O GLOBO foi invadido por fuzileiros navais comandados pelo Almirante Cândido Aragão, do “dispositivo militar” de Jango, como se dizia na época. O jornal não pôde circular em 1º de abril. Sairia no dia seguinte, 2, quinta-feira, com o editorial impedido de ser impresso pelo almirante, “A decisão da Pátria”. Na primeira página, um novo editorial: “Ressurge a Democracia”.
A divisão ideológica do mundo na Guerra Fria, entre Leste e Oeste, comunistas e capitalistas, se reproduzia, em maior ou menor medida, em cada país. No Brasil, ela era aguçada e aprofundada pela radicalização de João Goulart, iniciada tão logo conseguiu, em janeiro de 1963, por meio de plebiscito, revogar o parlamentarismo, a saída negociada para que ele, vice, pudesse assumir na renúncia do presidente Jânio Quadros. Obteve, então, os poderes plenos do presidencialismo. Transferir parcela substancial do poder do Executivo ao Congresso havia sido condição exigida pelos militares para a posse de Jango, um dos herdeiros do trabalhismo varguista. Naquele tempo, votava-se no vice-presidente separadamente. Daí o resultado de uma combinação ideológica contraditória e fonte permanente de tensões: o presidente da UDN e o vice do PTB. A renúncia de Jânio acendeu o rastilho da crise institucional.
A situação política da época se radicalizou, principalmente quando Jango e os militares mais próximos a ele ameaçavam atropelar Congresso e Justiça para fazer reformas de “base” “na lei ou na marra”. Os quartéis ficaram intoxicados com a luta política, à esquerda e à direita. Veio, então, o movimento dos sargentos, liderado por marinheiros — Cabo Ancelmo à frente —, a hierarquia militar começou a ser quebrada e o oficialato reagiu.
Naquele contexto, o golpe, chamado de “Revolução”, termo adotado pelo GLOBO durante muito tempo, era visto pelo jornal como a única alternativa para manter no Brasil uma democracia. Os militares prometiam uma intervenção passageira, cirúrgica. Na justificativa das Forças Armadas para a sua intervenção, ultrapassado o perigo de um golpe à esquerda, o poder voltaria aos civis. Tanto que, como prometido, foram mantidas, num primeiro momento, as eleições presidenciais de 1966.
O desenrolar da “revolução” é conhecido. Não houve as eleições. Os militares ficaram no poder 21 anos, até saírem em 1985, com a posse de José Sarney, vice do presidente Tancredo Neves, eleito ainda pelo voto indireto, falecido antes de receber a faixa.
No ano em que o movimento dos militares completou duas décadas, em 1984, Roberto Marinho publicou editorial assinado na primeira página. Trata-se de um documento revelador. Nele, ressaltava a atitude de Geisel, em 13 de outubro de 1978, que extinguiu todos os atos institucionais, o principal deles o AI5, restabeleceu o habeas corpus e a independência da magistratura e revogou o Decreto-Lei 477, base das intervenções do regime no meio universitário.
Destacava também os avanços econômicos obtidos naqueles vinte anos, mas, ao justificar sua adesão aos militares em 1964, deixava clara a sua crença de que a intervenção fora imprescindível para a manutenção da democracia e, depois, para conter a irrupção da guerrilha urbana. E, ainda, revelava que a relação de apoio editorial ao regime, embora duradoura, não fora todo o tempo tranquila. Nas palavras dele: “Temos permanecido fiéis aos seus objetivos [da revolução], embora conflitando em várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir a autoria do processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o marechal Costa e Silva, ‘por exigência inelutável do povo brasileiro’. Sem povo, não haveria revolução, mas apenas um ‘pronunciamento’ ou ‘golpe’, com o qual não estaríamos solidários.”
Não eram palavras vazias. Em todas as encruzilhadas institucionais por que passou o país no período em que esteve à frente do jornal, Roberto Marinho sempre esteve ao lado da legalidade. Cobrou de Getúlio uma constituinte que institucionalizasse a Revolução de 30, foi contra o Estado Novo, apoiou com vigor a Constituição de 1946 e defendeu a posse de Juscelino Kubistchek em 1955, quando esta fora questionada por setores civis e militares.
Durante a ditadura de 1964, sempre se posicionou com firmeza contra a perseguição a jornalistas de esquerda: como é notório, fez questão de abrigar muitos deles na redação do GLOBO. São muitos e conhecidos os depoimentos que dão conta de que ele fazia questão de acompanhar funcionários de O GLOBO chamados a depor: acompanhava-os pessoalmente para evitar que desaparecessem. Instado algumas vezes a dar a lista dos “comunistas” que trabalhavam no jornal, sempre se negou, de maneira desafiadora.
Ficou famosa a sua frase ao general Juracy Magalhães, ministro da Justiça do presidente Castello Branco: “Cuide de seus comunistas, que eu cuido dos meus”. Nos vinte anos durante os quais a ditadura perdurou, O GLOBO, nos períodos agudos de crise, mesmo sem retirar o apoio aos militares, sempre cobrou deles o restabelecimento, no menor prazo possível, da normalidade democrática.
Contextos históricos são necessários na análise do posicionamento de pessoas e instituições, mais ainda em rupturas institucionais. A História não é apenas uma descrição de fatos, que se sucedem uns aos outros. Ela é o mais poderoso instrumento de que o homem dispõe para seguir com segurança rumo ao futuro: aprende-se com os erros cometidos e se enriquece ao reconhecê-los.
Os homens e as instituições que viveram 1964 são, há muito, História, e devem ser entendidos nessa perspectiva. O GLOBO não tem dúvidas de que o apoio a 1964 pareceu aos que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem do país.
À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”
Por: Fernando Brito
Subscribe to:
Posts (Atom)